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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Staff presidencial.57 - O ritmo das obras públicas

A bordo de uma viatura na auto-estrada de Braga-Valença comentava-se que não se ganhava para a manutenção da dita via.
Rapidamente perpassou-me pela mente aquele ministro que hesitou em fazer a auto-estrade de Lisboa-Algarve por falta de dinheiro, na época da construção da Expo da capital. (Mas que rapidamente construída se tornou numa via rentável.)
Naquela época acho que o plano seria exequível, mas optou-se por Bracara Augusta.
Por certa ingenuidade minha, a partir daquele momento pressenti que o "élan" progressista se tornaria num retrocesso. E, a história parece demonstar a minha intuição. Colocou-se um "stop" nas obras públicas.
Num país, onde a capacidade de iniciativa particular é bastante deficiente, conviria que o Estado se tornasse num factor de desenvolvimento do progresso económico.
Por várias razões políticas estagnou o ímpeto das obras públicas!...
Além destas contradições justificáveis ou injustificáveis, todavia persiste, ainda na minha memória, a diferença entre as verbas europeias atribuídas a Espanha e a Portugal.
Enquanto que um embaixador espanhol, colocado em Lisboa, garante que o tão famoso TVG é financiado a 80% pela CEE, o celestial combóio português derrapa nas nuvens!...
Não só me entristece estas diferenças de orçamento, como também as directrizes europeias, e sobretudo espanholas, de que os portugueses não querem o combóio, nem o aeroporto.
Se não aproveitámos as benesses da Europa enquanto for tempo, pressinto que cada vez mais o fosso se irá acentuando.

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