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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Staff presidencial. 26 - Imagem - Televisão - Manuel Pinho

Perspassando do senso comum (conversas informais) à análise filosófica (Nuno Nabais), a "faena" de Manuel Pinho é digna do seguinte registo:

A ilusão da imagem

Num canal de televisão estrangeira, após um noticiário, telefonaram 45 vezes por causa do nó da gravata de um jornalista, e, uma vez, por causa das notícias.
A comparação da imagem televisa e a realidade é a seguinte: "imagine que entra numa discoteca, e, por causa do efeito das luzes, quase nada vê!...." Quer dizer, entre a aparência e a realidade existe uma diferença enorme. Posso estar a 3, 2,1, metros de Sr. Dr. Cavaco Silva e não aparece a imagem!...
Citar autores clássicos da imagem é para artigo intelectual!...Mas, neste caso estaríamos de acordo com MacLuhan: "o meio é a mensagem". Manuel Pinho foi vítima da imagem.

A ilusão do plano da imagem

O espaço físico da A.R. entre os personagens é bastante limitado. Todavia, fazer um "grande plano" de um "aparte" televisivo, que tecnicamente é um "plano de cowboy", desfasado do hemisciclo é subverter a realidade pela aparência. Infelizmente foi um "aparte", que por pura coincidência foi captado, quando alguém discursava.
Mas, como, a imagem, por vezes, "vale mais que mil palavras", subverteu-se a realidade pela aparência, esvaziando toda a racionalidade, ou, procurou-se determinar somente a sua "racionalidade prática" (do bem e do mal).

A ilusão dos cornos

Diz-se que "as virgens púdicas" ficaram ofendidas com tal promiscuidade. Se olharmos para o contexto das dificuldades da implementação de uma "educação sexual" teremos um parâmetro digno de uma sexualidade, por vezes, trágica, que noutros contextos se infiltra nestes pequenas ou grandes noções de poder.
A linguagem tauromática é símbolo de lida, de luta, de confronto, de domínio, de subtileza. É um jogo. A linguagem gestual encaixa-se mal na imagem televisiva, e, o plano de "cowboy" é do mais "castiço" à "portugaise".

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