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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

EUROPOLITIQUE. «Se a Espanha tivesse Ronaldo, ganhava o jogo».

                             

Titulava um jornal espanhol este pequeno “slogan”  - «se a Espanha tivesse Ronaldo, ganhava o jogo» - para um “jogo amigável”, que fez sofrer qualquer luso, durante os trinta minutos iniciais da partida.

Se, a “pose de bola” foi de 64% dos 90 minutos para os espanhóis, o seu "ranking" só vem confirmar a "supremacia e lição de jogo" de "nuestro hermanos", cuja evidência caminhava para a indecência, para a angústia, repleta de dor e sofrimento. Para nossa salvação, melhor dito, "consolação" ficaram aqueles dois "obuses" (terminologia hispânica) que esbarraram nos limites das muralhas de Alvalade, porque não se tratava de qualquer guerra de estrelas.

O famoso “tic-tac”, ou, o “sistema em carrossel”, (que tem em Messi o seu expoente máximo com os seus dribles e fintas) demonstra que “quem tem a bola” tem de ter sempre disponível dois ou três comparsas para poder passá-la. Era uma delícia observar que os jogadores espanhóis desempenhavam cabalmente esta tarefa, (e, se tivessem o maestro de Barcelona seria o caos). Qualidade que está muito longe da mestria portuguesa, habituado aos "misséis e aos tiros de bala". 

Além disso, a “receção de bola” está condicionada à sábia “ocupação de espaço”. Saber jogar no “espaço visível e no espaço imaginário” é tarefa dos autênticos “condutores de bola ou de jogo” quando sabem delinear os respetivos passos que precisam de efectuar.

Observa-se que esta carência de “saber ocupar os espaços” se evidencia na seleção portuguesa, acompanhada do devido movimento nos seus ritmos e sequências. Aliás, evidência que não falha ao espírito cartesiano francês, a nível do futebol. "Saber jogar" não falta aos franceses.

Sem “hábito de treinador de bancada”, nem qualquer doença de “tiffosi” ou projeção de “hooliganismo” vaticina-se que uma certa “sagesse” lusa não se deixe intimidar pela metodologia francesa.

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