Atropelou um burro a 15 quilómetros à hora, o primeiro
carro que entrou pelas rudimentares estradas de Portugal, em direção a Santiago
do Cacém, conduzido por D. Jorge d’Avillez , corria o ano de 1895, aos 11 de Outubro.
A “besta negra” tinha custado a módica quantia de
3.500 francos,demorou três dias a chegar à encosta do castelo, e a sua marca era “Panhard & Levassor”, de origem
francesa.
Eram as primeiras viaturas a serem comercializadas,
ainda sem a quinta roda, ou seja, o guiador ou “adorável volante”.
Portanto, em Portugal, 5 anos antes do fim do século
XIX, a grandiosa época da industrialização atingia o seu apogeu com o
lançamento de um artefacto, instrumento ou “brinquedo” que mais deliciou todo o
século XX – o automóvel.
Meio de transporte, meio de lazer, a sua exibição sempre
foi apanágio de riqueza, bem-estar ou trabalho.
Portanto, nesta pioneira caminhada, desde a alfândega
de Lisboa até à verde encosta do altaneiro castelo de Santiago do Cacém, a
fumegante viatura teve um mecânico de serviço e José Benedito Hidalgo Vilhena na
companhia do quarto conde dos Avillez, que se tornaria figura emblemática da primeira
carta de condução.
Ora, se o conde Avillez deu aproximadamente 115.000
euros pelo seu primeiro carro, nada menos de 28.354 “marcas de luxo” povoam o
território português nas suas brilhantes insígnias da indústria automóvel,
como: Porsche, Jaguar, Ferrari, Maserati, Aston Martin e Bentley, segundo
relata o Jornal Expresso de 30.11.2019. E, nada menos de 5 milhões de veículos
formam a frota total portuguesa, que compra num ano, aquilo que o Brasil compra
num mês.
Mas, o primeiro Rolls Royce, sem mortalmente atropelar um burro em Palmela, e sem demorar três dias desde Cacilhas, entrou também no concelho de Santiago do Cacém. Portanto, dois carros e uma "carta de condução" preenchem esta trilogia automobilística que engrandece esta localidade, que dizem deixou fugir o projecto de uma "fábrica da Ford".
Mas, o primeiro Rolls Royce, sem mortalmente atropelar um burro em Palmela, e sem demorar três dias desde Cacilhas, entrou também no concelho de Santiago do Cacém. Portanto, dois carros e uma "carta de condução" preenchem esta trilogia automobilística que engrandece esta localidade, que dizem deixou fugir o projecto de uma "fábrica da Ford".
Portanto, no espaço de 100 anos, Portugal passou de
uma unidade para 5 milhões de unidades de automóveis, que carecem ainda de um
condutor ou guiador. E, a média de um normal e bom “carro de luxo” aproxima-se
da quantia do famoso conde D’Avillez.
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