O “Jornal de Notícias” aponta para uma média de
32,75 euros que cada português paga anualmente na recolha do lixo, ou, naquilo
que se refere a resíduos urbanos. No entanto, salienta que esta média se torna dispare
já que em Penacova se atinge os 3 euros e na Póvoa de Varzim os 93,60 euros.
Mas, como referência atual refira-se que o valor mínimo na cidade de Portimão é
de 37,62 euros nos resíduos urbanos. Admitindo a hipótese de 32,75 euros por
cada português teríamos 327 milhões de receita para o tratamento de lixos.
Na sua generalidade, o negócio do lixo, ou, o
tratamento de resíduos sólidos urbanos atinge, segundo o “Diário de Notícias”,
nada menos de 500 milhões de euros. Ou seja, as câmaras cobram as taxas de
resíduos urbanos através do consumo da água, e com estas receitas pagam a empresas
privadas o tratamento do lixo, cujo universo atinge 42% desta atividade.
Mas, «o número
(é) estimado pelas operadoras privadas que asseguram 40% do mercado municipal,
num negócio que, segundo dados oficiais do Instituto Regulador da Água e
Resíduos (IRAR), continua muito deficitário, já que as tarifas praticadas pelas
entidades gestoras não cobrem o elevado custo dos sistemas», segundo DN.
Anualmente, o negócio do lixo em Espanha atinge os
4.000 milhões de euros de lucro, que contrasta com a realidade de empresas
privadas, de câmaras, do trabalho e da educação da recolha seletiva do lixo.
Quer dizer que o papel, o plástico, o vidro não são rentáveis na sua colheita,
deixando de fora os resíduos domésticos!...
Certamente que é necessário rever esta triangulação
entre cidadãos, câmaras e empresas privadas para clarificar o negócio do lixo.
Em última análise quem paga é o cidadão, mas a sua consciência ecológica, quer
ao nível de produtor como de consumidor, implica o esclarecimento dos custos e receitas
dos resíduos urbanos.
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