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sexta-feira, 10 de maio de 2019

EUROPOLITIQUE: Cidadãos, Câmaras Municipais e Empresas Privadas no negócio do lixo (4.000 milhões em Espanha)



O “Jornal de Notícias” aponta para uma média de 32,75 euros que cada português paga anualmente na recolha do lixo, ou, naquilo que se refere a resíduos urbanos. No entanto, salienta que esta média se torna dispare já que em Penacova se atinge os 3 euros e na Póvoa de Varzim os 93,60 euros. Mas, como referência atual refira-se que o valor mínimo na cidade de Portimão é de 37,62 euros nos resíduos urbanos. Admitindo a hipótese de 32,75 euros por cada português teríamos 327 milhões de receita para o tratamento de lixos.
Na sua generalidade, o negócio do lixo, ou, o tratamento de resíduos sólidos urbanos atinge, segundo o “Diário de Notícias”, nada menos de 500 milhões de euros. Ou seja, as câmaras cobram as taxas de resíduos urbanos através do consumo da água, e com estas receitas pagam a empresas privadas o tratamento do lixo, cujo universo atinge 42% desta atividade.
Mas, «o número (é) estimado pelas operadoras privadas que asseguram 40% do mercado municipal, num negócio que, segundo dados oficiais do Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR), continua muito deficitário, já que as tarifas praticadas pelas entidades gestoras não cobrem o elevado custo dos sistemas», segundo DN.
Anualmente, o negócio do lixo em Espanha atinge os 4.000 milhões de euros de lucro, que contrasta com a realidade de empresas privadas, de câmaras, do trabalho e da educação da recolha seletiva do lixo. Quer dizer que o papel, o plástico, o vidro não são rentáveis na sua colheita, deixando de fora os resíduos domésticos!...


Certamente que é necessário rever esta triangulação entre cidadãos, câmaras e empresas privadas para clarificar o negócio do lixo. Em última análise quem paga é o cidadão, mas a sua consciência ecológica, quer ao nível de produtor como de consumidor, implica o esclarecimento dos custos e receitas dos resíduos urbanos.

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