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domingo, 19 de março de 2017

EUROPOLITIQUE. A cidade de Lisboa está a 15% do turismo em Barcelona

“Tão felizes que nós éramos” e “tão infelizes que nós estamos”
A mudança política em Portugal não aconteceu em 1959. Alguns dos seus eleitores foram espoliados dos seus direitos, por exemplo, da sua reforma, ou, excomungados pela Igreja, que habilmente pactuava com o velho regime..
Em 1961 estalam as guerras ultramarinas, numa África maioritariamente independente após 1953, cujo País não acedeu aos ventos americanos, e, ao impulso de Kennedy.
O retracto sociológico de Clara Ferreira Alves, publicado na Revista Expresso,  retracta bem o “filme a preto e branco”, que tantas angústias causou, em que muitos estiveram envolvidos, e, que noutros se limitava a “orgulhosamente sós”.
Da janela “a preto e branco” com que observávamos o mundo, abrimo-nos na “paisagem colorida” que nos observa e pela qual somos observados.
Hoje, em dia está em voga o turismo.
Lisboa, capital e metrópole com potencialidades extraordinárias queda-se a uns humildes 15% da avalanche turística de Barcelona.
O País, na sua totalidade, fica a 55% do total turístico de Barcelona.
Ou seja, uma cidade espanhola consegue ultrapassar o “preto e branco” e as cores coloridas deste País.
As suas cores floridas ainda não despontaram em muitas estruturas intermédias, que infelizmente, grassam pelo País, que afectam instituições e que corrompem bens e liberdades, por falta de consciência moral e cívica. A mudança de mentalidade é lenta, e, as estruturas cognitivas são retardadas, ou, despontam particularmente em certas camadas sociais.
Mas, a Lisboa que devia ser a "Barcelona Portuguesa", como porta do Atlântico e convivência do mundo, é efeito de uma causa que remonta a 1959.

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