Confesso, que por razões
atlânticas e europeias, sou um adepto fiel do semi-presidencialismo para
Portugal, o que me retira, um pouco, do sistema político vigente no País.
Acho que o “MNE” e as “Forças
Armadas” deviam depender directamente do Presidente da República.
Todavia é o "sistema político" que
temos, e nele convivemos e nos encaixámos.
Acho que Bossuet, dizia, o seguinte: « le style, c’est l’homme»
Vasco Pulido Valente, como
cronista e historiador, afirma que : “A Marcelo falta autoridade e visão”
Recorre ao sentido de “gravitas”,
de peso, de báculo, de firmeza, de constância, que impregna qualquer personagem
que se avista ou contempla. Imagem que imprime respeito, admiração, altivez de
cargo, e, que nos deixa a impressão de autoridade. Um tom de voz, capaz de
intimidar, quando somos "apanhados de surpresa". Ou seja, se existe o “pathos”, o
“logos”, profusamente em Marcelo, o cargo implica qualquer coisa que é mais importante, ou seja, o “ethos” – a "palavra e o conselho de quem vem".
Talvez, por natureza, surja esta lacuna, mas quem reúne determinadas
credenciais, e, traquejo político pode ser ultrapassada.
Comparar Cavaco a Marcelo, é uma
diferença do "dia para a noite". O jornalista diz: “Cavaco pensa alguma coisa,
porque se pensa, não diz nada, pois Cavaco não falava”.
Alguém dizia de Descartes: “ele
pensa o que diz, mas não diz o que pensa”. A “gravitas” de Cavaco,
assemelhava-se à “gravitas” de Eanes. Ambos tinham uma exacta visão do poder e
incarnavam-na. De tal forma que Eanes "metia medo", quando era uma pessoa humana e afável, mas com o sentido de chefia.
No campo da “visão” e da "estratégia",
aparentemente é qualquer coisa que não deve faltar a um político. Demasiado
tempo agarrado ao comentário, a acção planificada carece de algum rumo que o
tempo, espaço e lugar poderão confirmar.
Confesso que não votei Marcelo, por
certas razões e porque antecipadamente previa a sua eleição.
Mas, esperemos, já que o “estilo é o homem”.
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