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sábado, 4 de junho de 2016

EUROPOLITIQUE: "A falta de autoridade e visão", em Marcelo (staff presidencial)


Confesso, que por razões atlânticas e europeias, sou um adepto fiel do semi-presidencialismo para Portugal, o que me retira, um pouco, do sistema político vigente no País.
Acho que o “MNE” e as “Forças Armadas” deviam depender directamente do Presidente da República.
Todavia é o "sistema político" que temos, e nele convivemos e nos encaixámos.
Acho que Bossuet, dizia, o seguinte: « le style, c’est l’homme»
Vasco Pulido Valente, como cronista e historiador, afirma que : “A Marcelo falta autoridade e visão”
Recorre ao sentido de “gravitas”, de peso, de báculo, de firmeza, de constância, que impregna qualquer personagem que se avista ou contempla. Imagem que imprime respeito, admiração, altivez de cargo, e, que nos deixa a impressão de autoridade. Um tom de voz, capaz de intimidar, quando somos "apanhados de surpresa". Ou seja, se existe o “pathos”, o “logos”, profusamente em Marcelo, o cargo implica qualquer coisa que é mais importante, ou seja, o “ethos” – a "palavra e o conselho de quem vem". Talvez, por natureza, surja esta lacuna, mas quem reúne determinadas credenciais, e, traquejo político pode ser ultrapassada.
Comparar Cavaco a Marcelo, é uma diferença do "dia para a noite". O jornalista diz: “Cavaco pensa alguma coisa, porque se pensa, não diz nada, pois Cavaco não falava”.
Alguém dizia de Descartes: “ele pensa o que diz, mas não diz o que pensa”. A “gravitas” de Cavaco, assemelhava-se à “gravitas” de Eanes. Ambos tinham uma exacta visão do poder e incarnavam-na. De tal forma que Eanes "metia medo", quando era uma pessoa humana e afável, mas com o sentido de chefia.
No campo da “visão” e da "estratégia", aparentemente é qualquer coisa que não deve faltar a um político. Demasiado tempo agarrado ao comentário, a acção planificada carece de algum rumo que o tempo, espaço e lugar poderão confirmar.
Confesso que não votei Marcelo, por certas razões e porque antecipadamente previa a sua eleição.
Mas, esperemos, já que o “estilo é o homem”.  

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