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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

EUROPOLITIQUE: Ao sabor das eleições: 28%.




Calmamente plantado na praça de Bruxelas, estava bem longe, no tempo e no espaço, na "história e na política", das questões de mil milhões de euros, que ensombram a realidade portuguesa; aliás, longe de mim tal magnitude de problemas, para um incauto cidadão, saboreando um café em tão belo anfiteatro, numa manhã radiosa.

Esta realidade de mil milhões de euros alimenta a discussão política dos dois principais partidos e anima as suas hostes. Pioneira, na "propaganda fidei", que alimenta a praça (sec.XVI), como luzeiro que anima o debate político.

Mil milhões de euros para as reformas complementares ou sociais, que preocupam a propaganda socialista, mil milhões de euros que se inscrevem no "déficit" ou "não déficit", na propaganda social-democrata. (Todavia, acho que as instituições, quer portuguesas, quer “belgas-europeias”, devem pugnar pelo rigor do número, já que não são projecções, mas factos do passado: demonstrados, ou, por demonstrar?)

Quando olho para o “Jornal de Notícias” e reparo que 28% dos eleitores não sabem em quem vão votar, fico mais descansado  nas minhas preocupações, se as tenho, já que o cepticismo me ameaça e me corrói.

Quando revejo a imprensa estrangeira, admiro-me com as constantes projecções para o ano de 2015, para citar países como a França ou a Espanha. O presente e o futuro são constantes em movimento e equação. Neste "País à beira mar plantado", o retorno ao passado,  faz-me lembrar o “eterno retorno” de Nietzsche.

Realmente, os portugueses não são muito famosos em matemática. E, quando esta se junta à política é um descalabro. É, por vezes, manipulação pura, embora com números não se possa brincar!... Alguém dirá “quem manda é Bruxelas”, tal a inépcia desses conterrâneos (incluindo-me).
Todavia esta percentagem de 28% de eleitores indecisos, segundo o “Jornal de Notícias”, é um território a conquistar por algum arauto digno de arriscar a sua pele, porque nela está no seu preço.

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