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quarta-feira, 14 de maio de 2014

EUROPOLITIQUE: O Peso da Guilhotina - Europa





Na entrevista a José Sócrates, José Rodrigues dos Santos lamentava o pedido de 50 mil milhões de euros , que Manuel Valls exigia aos contribuintes franceses.
Dadas as garantias que havia um novo “bolo” a esmifrar logo os mercados se sentiram um pouco confortados, e, talvez, saciados na sua avidez, fazendo que os heróicos espanhóis conseguissem empréstimos ao nível dos USA, ou seja, a menos de 3% em 10 anos.
Aquilo que, à primeira vista, parecia uma catástrofe, torna-se  num lenitivo de esperança para outros. Porventura, estes suaves ventos acariciem as águas turbulentas portuguesas, a longo prazo..
Quem redige estas linhas, pouco percebe de economia: e, nem é nenhum “agente político”, mas sempre  contestou a exorbitância de juros e lucros, esmifrados à catadupa ou guilhotina nas cabeças inocentes.
Mas a ameaça da “guilhotina” em França, em que novos mártires se erguem com mãos piedosas, fez com que os encapotados  “carrascos” olhassem com certa piedade para os seus mártires.
Do martírio e das cruzes salvou-se a “gana” espanhola, dando aos bancos o prejuízo que lhes era devido, salvaguardando  a sua autonomia e soberania. Aliás, certos europeus não temem a “fúria espanhola”, mas receiam o seu impacto, numa palavra “Espanha c’est Spain”.
«La pétite économie portugaise », como dizem os franceses, ficará amordaçada  por longos anos da ditadura económica, sem autonomia política, social e humana.
A guilhotina continuará a pairar sobre as cabeças portuguesas até que surja o “dia da libertação”.

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