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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

EUROPOLITIQUE: Angola e a sua Energia

As exportações portuguesas para Angola, em 2013, ultrapassam os 4,34 mil milhões de dólares, tornando-se no primeiro país exportador, seguido da China, Singapura e USA. Apesar da China ser o grande importador do petróleo angolano, a China queda-se na metade dos produtos portugueses exportados. Aliás, quase 50% das exportações angolanas tem como destino a China, quedando-se os USA um pouco longe dos 20%, o que pode configurar que 50% do orçamento angolano é financiado pelo “país do Sol nascente”. Ultimamente a moeda angolana – o Kwanza – encontra-se em linha de câmbio na capital portuguesa, na ordem dos 72 euros por 10 mil kwanzas. Claro que existem limites na transação da moeda angolana, que vai dos 500 mil kwanzas mensais aos dois milhões anuais. A diversificação de exportação é um dos grandes objectivos da política angolana. Para além das receitas que os “impostos directos”, ainda não representam um valor significativo para o erário público, o desenvolvimento nos vários campos da energia são objectivos que carecem de implementação. As 47 bacias hidrográficas que compõem o potencial hídrico angolano remete-se somente para um reduzido aproveitamento na ordem dos 5% de consumo de energia hidroeléctrica, satisfazendo somente 33% da sua população. Porém, no acesso ao consumo de água atinge-se quase a fasquia de 50% deste bem essencial para as populações, que se torna essencial para erradicar certo tipo de doenças, tipicamente africanas. Porventura, encontrará em Portugal casos paradigmáticos em que alguns industriais ou comerciantes utilizem geradores para produção eléctrica, com alguns benefícios. Porém, é totalmente distinto do caso da capital angolana, em que muitos consumidores sejam obrigados a utilizar, sistematicamente, geradores para satisfazerem as suas necessidades eléctricas. A carência de gasóleo e a insuficiência de barragens contrapõe-se aos recursos naturais de que Angola dispõe abundantemente, restando somente que o investimento na riqueza destas energias se torne mais rápido e eficiente para bem da população angolana.

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