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domingo, 17 de fevereiro de 2013

EUROPOLITIQUE: Energia africana

Somente 7% da população do Congo tem acesso à energia eléctrica, que ronda a média dos seus países vizinhos, incluindo Moçambique. Se Angola dispõe de uma capacidade de construção de 150 pequenas e médias barragens, o que se pode dizer do imenso potencial hidroeléctrico das bacias do rio Zambeze e do rio Congo? O potencial do conjunto das três barragens “Inga I, II e III ( por construir) no rio Congo será o dobro da maior barragem do mundo “Three Gorges”, na China, com uma potência de 22.500 MW; ou seja, dez vezes mais que Cahora Bassa, em Moçambique. (Aliás, somente África do Sul carece desta energia). Todavia, esta barragem (Inga III), superando vinte vezes Cahora Bassa, com um custo aproximado de 80 mil milhões de dólares encontra-se adiada e em projecto. Por um lado, Moçambique planeia construir uma segunda barragem a 70 quilómetros de Cahora Bassa, denominada Mphanda Nkuma, com idêntica potência. Sem dúvida que os recursos hidroeléctricos desta zona de África são imensos. Ao contrário da Europa que se debate com problemas com a factura da energia, nesta zona de África, os seus recursos são imensos e abundantes. Face ao seu potencial por desenvolver deste sector, o carvão, ferro e cobre destas zonas são matérias voláteis na voragem manifesta por outros países consumidores, de modo que o seu desenvolvimento deve ser equacionado no seu devido tempo, e nas suas estratégias futuras. Por um lado, o corredor de Lobito (com 100 novas locomotivas americanas, pelo preço de 20 milhões de dólares, pela G.E., com os "olhos postos no Soyo") será o caminho natural da expansão da extracção destes minérios, quer do Congo, quer da Zâmbia; bem como o aumento de consumo da energia eléctrica será a alavanca primordial para os novos impulsos de desenvolvimento. Por isso, o equilíbrio do desenvolvimento do potencial hidroeléctrico deve conjugar-se com a extracção dos minérios, para que a sua sustentabilidade perdure como sinal de riqueza criada e adquirida.

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