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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
ANGOLA: O Jornal Expresso e as Palancas Verdes
O Jornal Expresso sob o artigo de “Ministério Público investiga cidade fantasma” de Kilamba, ainda não suscitou reacções do seu homólogo “Jornal de Angola.
Isto, por que, em dado momento referencia a tese do advogado de defesa de que “o resto é instrumentalização das autoridades judiciárias portuguesas.” Portanto, deixemos ao direito e à verdade o esclarecimento público.
Todavia, o jornal Expresso, quer dar música aos artistas e políticos angolanos, citando os seus nomes, Manuel Vicente, “Kolipa” (Helder Dias Vieira) e Leopoldino Nascimento, como sócios honorários da “Delta Imobiliária”, fazendo relembrar o famoso trio Odemira encantando o Hugo Chavez com as suas músicas. Querer passar tão distintos políticos por uma galeria de arte, e neste caso talvez seja os fantasmas do Ministério Público com as suas detenções, é de forma idêntica encantar o trio Odemira com os quadros do dirigente da Venezuela.
Sedução arrasta sedução e o brilho da arte (para os intelectuais) reluz como o brilho dos diamantes ou do ouro negro. Por isso, a casta dos "palancas verdes" da cor do dólar americano, anda deslumbrada com outra classe de "palancas esmeralda", que reluzem nas revistas "cor de rosa"!...
“A cidade-fantasma de Kilamba”, como relata o Expresso sem fotografia à vista, após a sua inauguração, passado um ano, recebeu o Presidente ordenando a baixa de preços, assunto que o dito jornal não referencia.
Intrometer-se nos assuntos da política angolana é semelhante a evocar veridicamente Hugo Chavez, como os factos relatados, a não ser por uma causa justa e de direitos humanos, ou, por dignificação da sociedade civil angolana.
Se é verdade, como relata o Expresso, que estada “cidade –fantasma”, “foi projectada para albergar meio milhão de pessoas mas até hoje só se venderam cerca de 200 apartamentos, onde falta água, luz e ar condicionado”, contrasta com a referência de Francisco de Lemos Maria em que “foram vendidas 4.111 habitações, sendo 96 a crédito, 465 à vista e 3.550 pelo modelo de renda a resolver”, segundo o “Jornal de Angola, onde, por acaso, não habita nenhum comandante.
Com uma inflação a 9% ao ano, não é fácil comprar um apartamento por 120.000 dólares, apesar de serem construídos por 10.000 chineses. Claro que, isto, não é um “negócio da China”, é a continuação do “negócio do petróleo”. Certamente que os estagiários do “Jornal de Angola” não ganham 1.500 dólares como os aprendizes das “escolas do petróleo”, e, se calhar não ambicionam habitar a “cidade-fantasma” de Kilamba, e nesse caso dariam uma luta sem tréguas ao “Jornal Expresso” e ao seu articulista, Rui Gustavo.
Mas, como o “Eixo do Mal”, até pode ser visto em Angola, deixemos aos angolanos a resolução dos seus negócios!...
INFORMAÇÃO INFORMAL!...
Preço do Complexo: 3,500 mil milhões de dólares.
Quantidade: 500.000 apartamentos
Preço: anunciado e recebido por via email!...
T2 - 69.000 dólares
T3 - 85.000 dólares
74 - 115.000 dólares.
Elias Isaac, responsável pelo ramo angolano da sociedade OSISA (Open Society Initiative of Southern Africa), constata, em declarações à BBC: “Não há classe média em Angola, só os muito pobres e os muito ricos, e por isso não há ninguém que compre este tipo de casas”.
Habituados a casas de 1 e 2 milhões de dólares, claro que estas habitações são vendidas entre 120 a 200.000 dólares, como de facto é verdade!...
Se, por hipótese, calcular o preço do complexo pelo número de apartamentos, chegará aos 7.000 dólares (aliás,nada difere de algum trabalho de campo!...). Adicione as infra-estruturas e o terreno, e quedar-se-á muito longe da exorbitância dos preços exigidos!...
Existe uma certa classe média, que desconfia deste sistema, tem receio do crédito, e, não tem incentivos para a sua compra.
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