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sexta-feira, 9 de março de 2012

EURO POLITIQUE 321 - "Angola, um orçamento pouco ambicioso!...(2)


“As Reservas Internacionais Líquidas de Angola devem situar-se, no final do mês, 23,1 mil milhões de dólares contra 17,3 mil milhões registados em Dezembro de 2010, anunciou ontem, em Luanda, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA).

Este crescimento, disse José Massano, que discursava na cerimónia de apresentação de cumprimentos de fim de ano, corresponde a um aumento de 33,5 por cento e representa um desafio que o BNA pretende continuar a perseguir.”

Os desafios colocados à economia angolana são enormes dado o seu contexto social e económico.

O combate à pobreza, o desenvolvimento escolar, as infra estruturas económicas são quase um desígnio nacional.

É interessante observar que os mecanismos de interacção social começam a desenvolver-se, nas taxas de circulação automóvel, nos impostos sobre a habitação, e, cerca de um milhão e 500 contribuintes contribuem para as receitas fiscais do Estado.

Todavia a contabilidade nacional ainda navega numa espécie de “águas turvas”, conforme parecem denunciar certas organizações humanitárias estrangeiras.

Se, na versão oficial, Angola exporta 69 mil milhões de dólares e importa 21, 041 mil milhões, o seu excedente externo permitiria voos mais altos nas suas actividades económicas.

Ainda que Angola seja obrigada ao congelamento de um certo capital por causa do vasto leque de importações, o seu superavit merecia um ambição mais corajosa, apesar de uma inflação que se situa nos em 9,48 por cento, enquanto a dos últimos dois meses era de 11,28, no seu exercício económico.

Seguir o exemplo brasileiro na colocação de 10 mil milhões de dólares no FMI, não condiz com certas expectativas da resolução habitacional angolana, que, em "nossas projecções" num espaço de 8 anos poderá resolver este problema social e humano, e com vontade política, talvez, em 5 anos possa ter alcançado os seus objectivos. (Claro que é necessário multiplicar por dez, as cinquenta empresas de construção civil!...).

A sociedade civil e as empresas particulares necessitam de um impulso que favoreça a riqueza de recursos de que Angola se pode vangloriar!...

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