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domingo, 6 de novembro de 2011
EURO POLITIQUE 110. "Análises do senso comum à política"
Desde que Manuel Barroso se deixou enfraquecer perante a França em relação aos ciganos da Roménia e à colocação de um embaixador português nos USA que Sarkozy tomou a dianteira nas questões da U.E.
Imediatamente se tornou no Ministro dos Negócios Estrangeiros da U.E., tal era a fraqueza da sua comissária e da sua política externa, que de origem quase incógnita, ou melhor dito sem “panache” inglês, nada aflorou de inovador nesta matéria.
Conjuntamente com a política externa surge naturalmente a componente militar, e dado que a potência nuclear média detinha armas, para gáudio da dita Europa, a aliança mais natural surgiu com a conivência da Alemanha, detentora da bela moeda europeia – o euro.
O rico euro, não sei se “protestante” ou “católico”, que engenhosamente se tornou no
Merkozy que é o famoso eixo franco-alemão, olhando de soslaio os países do Sul, periféricos, pobres e atrasados que nunca atingirão os patamares da nobreza europeia.
Com voz de Zaratrusta, relembrando Nietzsche, Merkel anuncia “dez anos de tragédia” para os países do Sul da Europa. Dez anos antes, as empresas alemãs desprezam a possível indústria dos países do Sul, porque o que é alemão é bom, tal como o euro, agora, para eles é bom.
A Europa perdeu África para os chineses, indianos e brasileiros, embora Sarkozy queira conquistar a Líbia.
Em vez de se criarem empresas mistas entre portugueses e alemães, deixaram-se à deriva negócios que estagnaram as indústrias nacionais, lusas.
O último degrau da Europa, que é Portugal, e, até pouco se aflige por tal situação, é o último degrau da piscina. Apesar de último é aquele que permite lançar-se à água, aquele que permite nadar, por acaso, não estando ele junto ao mar.
Apesar de todo o potencial de uma piscina que se estende como mar, e que permite conquista em alargar horizontes, eis que fica seco e sem fonte.
Com um classe trabalhadora reconhecida em todo o mundo, a dita Alemanha nunca soube jogar fundo, nunca soube apostar em África e a na América que estão ligadas pelo mar, destino e azar de um conivência secular.
Se a Alemanha comprasse a dívida portuguesa entrando nas empresas portuguesas para investirem em África e na América, em breve tempo ganharia para o prejuízo.
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