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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

EURO POLITIQUE. 130. "Paulo Portas e o futuro embaixados da Líbia"






Após a visita relâmpago de Paulo Portas a Bengazi, em breve teremos um embaixador na Líbia?”

R –É evidente que Paulo Portas não foi fazer um plebiscito junto do CNT, sobre quem deve enviar para a Líbia. Aliás, os jornais já falam sobre o antigo embaixador Rui Aleixo para ocupar as antigas funções, junto dos líbios. Nem seguirá os ditames do Presidente Francês sobre determinada personalidade.

“Portanto, acha que Rui Aleixo reúne as condições necessárias e suficientes para ocupar tais funções?”

Se for para manter a continuidade da política externa portuguesa, por que não? Aliás parece que as exportações portuguesas subiram, mas não são condição necessária e suficiente. As condições necessárias e suficientes extrapolam, ou melhor dito, extrapolavam a simples missão de ser embaixador.

“Mas existem condicionalismos que limitam a função de embaixador?”

Portugal já teve exemplos que extrapolaram as limitações do exercício da simples função de embaixador. Portanto, exercer a simples atitude de conivência com determinado regime, nem sempre dá os melhores frutos. A realidade histórica vem demonstrar outras realidades, que não podem passar desapercebidas para um embaixador.

“Sócrates visitou a Líbia três vezes, chamava ao seu “guru” de líder carismático e abriu uma embaixada. Concorda, portanto, com as relações diplomáticas com a Líbia?

Defendemos sempre a abertura de uma embaixada na Líbia. A questão é que se um embaixador como Manuel Carrilho, dedicado aos livros e à cultura, foi demovido das suas funções, que esperar de um “autêntico embaixador ligado ao povo” e às "bases militares francesas"?

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