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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Algoritmo de Kadafi.22 - "Crossroads of Galp"

Kadafi na Galp






Os ambiciosos projectos da Líbia, na construção de uma auto-estrada de 1770 Km, ligando a Tunísia ao Egipto, requerem contrapartidas, junto de certas empresas italianas.

Contrariamente à arte e engenho luso que revelou uma certa falta de eficácia na arte diplomática relativamente ao contencioso com a Suíça, convém estar atento a outras perspectivas.

Todavia o relacionamento com as empresas italianas torna-se uma obrigatoriedade para os projectos da Líbia.

Na conjunção destas parcerias, os dirigentes empresariais da Líbia manifestaram o desejo firme de comprar 10% da ENI, principal accionista da Galp, o que logicamente significa entrar na área da Galp.

A ENI, como empresa petrolífera, retira 550.000 barris de petróleo, por dia, num país, cuja média diária atinge 1.800.000, fornecendo ao orçamento da Líbia a soma anual de 40. 000.000. 000 dólares, ( 6.000 milhões de contos),cifra relativa ao ano  2007. Segundo rezam algumas crónicas 70% desta cifra anual será dedicada a projectos de desenvolvimento e progresso deste país, de 6.000.000 de habitantes.

Portanto, os potenciais clientes e accionistas da Galp perfilam-se, tanto ao nível dos angolanos, como da Líbia.

Já que o intercâmbio italiano se revela totalmente justificado nesta teia de relações bilaterais, questionar-se-á, se as empresas portuguesas não irão beneficiar destas parcerias, colaborando na ousadia de um plano ambicioso do cruzamento de auto-estradas na “Sereia do Norte de África”, ou seja, Tripoli.

Os ambiciosos projectos da futura auto-estrada de 1770 Km carecem de uma abertura e experiência turística que a Líbia ainda não possui, contrariamente aos seus vizinhos da Tunísia e do Egipto, e, extrapolam uma densidade de população que se queda nos 6 milhões.

Fazendo jus ao ditado romano, e, relembrando a influência de Cartago: “Audaces fortuna iuvat”.

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