Fátima Roque – secretária de Estado Angolano, maquilhada etnocentricamente de africana, revelou-nos que o “Fundo Soberano de Angola”, encarna as suas raízes filosóficas de século XVII inglês, em que Deus dotou de bens suficientes a natureza para bem de todos os cidadãos, excepto para aqueles que queiram instalar-se de malas e bagagem. Defende, também, que os angolanos em Portugal são uma comunidade que deve estar à frente de todas as outras!...
Não é por acaso que se evoca o “rei do Congo”. Existe uma matriz histórica angolana, e um orgulho guerreiro que interessa enaltecer. Já que Cabinda vale mais que todo o vinho do Porto. (Talvez, Angola precise de um timoneiro!...)
Li e reli várias artigos sobre Angola. Exaltava-se o parque escolar, a alegria das crianças em período escolar, e os professores portugueses, que ficaram em terra, tal como os aviões angolanos!...
Escutei os discursos de parcimónia, de cariz económico, que escondem outras realidades, a quem o engenho de discurso não ousou levantar a voz!..
Todavia o meu espanto continua impávido neste relacionamento, fazendo-me lembrar as piruetas de Jaime Gama em relação a Angola.
Não estamos “orgulhosamente sós”, e a questão ecoa dentro de nós, “será isto que deseja a comunidade europeia”?
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